terça-feira, 6 de maio de 2008

Cuidado com os Ouvidos

Fonte: http://www.gospelmusiccafe.com.br/cafe_audio.aspx?cod_audio=30

Gostaria de comentar hoje, algo que tenho observado em muitas igrejas e eventosque tenho visitado. Sei que é um tema polêmico e que pode se até muito subjetivo, trata-se do volume alto que é imposto aos frequentadores dos cultos, encontros, ou musicais.Infelizmente instituiu-se a inverdade que diz que som alto é sinonimo de som bom, e ai temos um problema de saúde pública, pois esses ouvintes são vítimas indefesas de algo muito prejudicial à sua saúde, pois já constatei encontros musicais onde o nível de áudio girava em torno de 100 decibéis. Segundo dados da Associação Brasileira deOtorrinolaringologia , o ouvido humano suporta até 90 decibéis. A partir daí, já existe apossibilidade de uma pessoa apresentar lesão, muitas vezes irreversível, levando a perdaauditiva. O otorrinolaringologista Luiz Carlos Alves de Sousa, afirma que um indivíduonão pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensida-de por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; 2 horasem locais com 95 decibéis e 1 hora onde a intensidade chega a 100 decibéis.Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 decibéis podem causar “distúrbio de dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em quecompromete nossa capacidade auditiva para sons ambientais, pode causar ainda umsintoma contínuo e muito incômodo: o zumbido.A lesão por ruído geralmente fere células do ouvido responsáveis pelas freqüências agudas. “E é justamente nestas freqüências que estão concentrados os principais fonemas para o entendimento das palavras. Quando isto ocorre, o paciente deve procurar um otorrinolaringologista para fazer o diagnóstico médico”.Muitos operadores de som, seja por ignorãncia ou por imposição dos dirigentes, eeu já presenciei isso, trabalham com níveis excessivos de som, com o pretexto de que umnúmero maior de pessoas precisam ouvir a mensagem. A falta de preparo leva esses ope-radores a utilizarem a potência máxima dos sistemas tentando obter maior inteligibilidade e em nossos dias onde as potências em conjunto com ótimos alto-falantes, proporcionam facilmente altos níveis de pressão sonora.Desde o início a nossa intenção aqui foi, mesmo que de uma forma bem básica dar dicas a esses operadores de como obter o melhor som de seus sistemas, mesmo que eles sejam dos mais simples. E este nosso alerta de hoje vem de encontro a uma preocupação que tenho exatamente neste sentido, qualidade de áudio, significa fazer com que a voz chegue aos ouvintes o mais claro possível, e que os instrumentos também, além disso possam ser reproduzidos com beleza e naturalidade sem agredir os ouvidos nem ficar acima do nível vocal.Lembrem-se nossos ouvidos são nossas melhores ferramentas, use o bom senso, ouça bem os timbres antes de amplificá-los e tente reproduzí-los da maneira mais naturalpossível e como última dica, quanto menos agressão aos ouvidos, mais tempo a pessoavai poder ficar ouvindo.

Samuel Mattos

dez/2007

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Primeiro curso de música a distância será ministrado em cinco estados

Curso de música a distância em 11 cidades
FONTE: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10369

Ensinar música sem as tradicionais aulas individuais de instrumento é a proposta do primeiro curso a distância de licenciatura em música, oferecido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Por meio da internet e de outros recursos pedagógicos, 723 professores da rede pública serão beneficiados em 11 municípios.
A aula inaugural será ministrada nesta terça-feira, 22, às 10h, em Porto Alegre, com a presença do secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky. “Trata-se de um curso de graduação que dispõe de objetos virtuais de aprendizagem próprios, desenvolvidos por professores-pesquisadores e estudantes das universidades parceiras”, explicou o secretário. Será celebrado também o centenário do Instituto de Artes da UFRGS.
Os municípios abrangidos são os de Cachoeirinha (RS); Canoinhas, Itaiópolis e São Bento do Sul (SC); Linhares (ES); Porto Velho e Ariquemes (RO); Salvador, Cristópolis, Irecê e São Félix (BA).
O curso de licenciatura em música integra o Pró-Licenciatura, programa do governo federal que visa à formação inicial de professores que atuam nas séries finais do ensino público fundamental ou médio e que não têm habilitação legal para o exercício. Sob coordenação a UFRGS, o programa é resultado de uma parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Fundação Federal de Rondônia (Unir), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Mais informações nas páginas eletrônicas do curso (ainda em construção) e do Centro de Artes da UFRGS.

Renata Chamarelli

Oficinas de arte reduzem risco social

Escolas de Minas dão exemplo de cidadania a estudantes e comunidade
Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10407

Quanto cobraria um psicólogo que ensinasse às crianças valores como respeito ao próximo, valorização de sua identidade e que de sobra as fizesse conviver com pessoas de todas as idades, etnias e classes sociais? Em Contagem (MG), a 21 quilômetros de Belo Horizonte, o custo de tal conhecimento é zero. O benefício, entretanto, vem por meio de aulas de dança, canto, teatro, percussão e reciclagem. Aliás, todos os utensílios utilizados para confecção de tambores, chocalhos e para as fantasias usadas no teatro são de material reciclado.
O projeto Educação pelo Tambor partiu de uma iniciativa simples. Manter as escolas de Contagem abertas durante o fim de semana foi o começo de uma ação que livrou crianças e adolescentes do município de uma situação de risco social. “Não apenas as que vieram da periferia da cidade, mas muitas de classe média também apresentavam desvios, como o preconceito”, explicou a coordenadora do programa, Ana Maria Macedo.
Ao todo, 20 especialistas trabalham em 10 escolas e na sede do projeto. Não só crianças e adolescentes, como também outros membros das comunidades participam. “Com a convivência de pessoas de idades diferentes, o nosso ganho é ainda maior”, explicou Ana Maria. A participação é voluntária e as oficinas são realizadas aos sábados pela manhã, de 8 horas até meio-dia.
Cerca de 800 pessoas são diretamente atingidas pela iniciativa. A prefeitura da cidade é quem paga os “oficineiros”, escolhidos por concurso público. “Foi a maneira que encontramos de ter os profissionais mais qualificados”, explicou a coordenadora. São professores de percussão, canto, reciclagem, pedagogos, entre outros. Os pais acompanham o desenvolvimento de seus filhos e vão às apresentações de música, teatro e canto, feitas em datas especiais como o dia das mães, por exemplo.
Lucros – Mas o projeto Educação pelo Tambor foi ainda mais longe. A sede do projeto, onde as apresentações festivas são realizadas, tornou-se um ponto de encontro, reunindo pessoas de várias partes da cidade e estabelecendo entre elas um saudável intercâmbio, com trocas de relatos e histórias. Isso fez com que moradores que não gostavam de Contagem criassem uma nova identidade com a cidade. “Tínhamos Belo Horizonte como parâmetro”, lembra a coordenadora do programa. “Aos poucos, a cidade foi se tornando diferente, aos olhos dos próprios moradores.”
O Educação pelo Tambor faz parte do programa Escola Aberta, desenvolvido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e conta com apoio da prefeitura municipal de Contagem e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Ana Guimarães

Ensino de música nas escolas tem apoio do MEC

Artistas pedem apoio para educação musical
Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10269

A educação musical poderá fazer parte da vida escolar de todas as crianças matriculadas nas escolas públicas de educação básica. Um grupo de artistas pediu nesta terça-feira, 8, o apoio do ministro da Educação, Fernando Haddad, para aprovar no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 2.732/08, que prevê a obrigatoriedade do ensino musical nas escolas públicas.
“Vamos nos manifestar favoravelmente ao projeto”, disse o ministro. De autoria da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), o projeto foi aprovado no Senado Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados. Atualmente, é analisado pela Comissão de Educação e Cultura da Casa. O encontro com o ministro foi uma solicitação do presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Cristovam Buarque (PDT/DF). Estiveram presentes ainda o senador Romeu Tuma (PTB/SP) e a senadora Rosalba Ciarlini (DEM/RN).
A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB ― nº 9.394/96), que já determina o aprendizado de arte nos ensinos fundamental e médio, mas sem especificar o conteúdo. Pelo projeto, o ensino musical deveria ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo do ensino de arte no currículo regular da educação básica. Ou seja, deveria fazer parte do ensino de arte.
Os artistas presentes usaram a música para sensibilizar o ministro sobre a importância do projeto e enfatizaram a relevância da educação musical para despertar a criatividade e expressividade dos alunos. “Na mudança do presente, a gente muda o futuro”, recitou o cantor Gabriel Pensador. Juntos, ele, Daniela Mercury, Francis Hime, Olívia Hime e Roberto Frejat cantaram Vai Passar, composição de Chico Buarque, em alusão ao desejo de que o projeto passe no Congresso.
Em contrapartida ao apoio para que o projeto se torne lei, o ministro pediu aos cantores que ajudem a traçar ações que efetivamente permitam às escolas oferecer ensino musical. Haddad também esclareceu que o ministério apenas traça diretrizes às escolas de educação básica, cuja competência fica a cargo de estados e municípios.
O ministro também lembrou que além da dissociação com a cultura, a educação também se separou de outras áreas como o esporte e a saúde, especialmente na época da ditadura militar. “Antes, equipes de saúde visitavam escolas regularmente”, disse. Para o ministro, é preciso recuperar a unidade entre essas diversas áreas e “fazer da escola um centro em torno do qual toda a comunidade gravita”, destacou.

Maria Clara Machado